ÓTIMOS PREÇOS, AGUARDAMOS SUA VISITA

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quinta-feira, 6 de abril de 2017

VOCÊ NÃO PODE DEIXAR DE VER!!! Pior seca em 73 anos traz fome e faz população dividir água com animais...

Da porta de casa, um cenário desolador. O olhar atento de seu Antônio Ferreira do Sá se perde no horizonte em meio a um sentimento de angústia quando se percebe que o verde que dá vida à natureza a seu redor vai aos poucos desaparecendo, sendo devastado pela seca. De um lado, o solo árido não permite que as plantações vinguem; de outro, animais debilitados por fome e sede se reduzem a carcaças expostas aos urubus. É nesse contexto que o homem do campo de 70 anos, hoje um dos mais de 4,1 milhões afetados pela estiagem prolongada que assola a Bahia há cinco anos, tenta tocar a “vida pra lá de difícil”, como ele mesmo diz.
Morador de um pequeno povoado na zona rural de Feira de Santana, segunda maior cidade do estado (a cerca de 100 quilômetros de Salvador), Antônio precisa de uma pausa longa para puxar na memória se já viveu situação parecida. Mas não se recorda. “Tenho 70 anos e não lembro de seca aqui como essa. Ouvi falar de uma em 1932, quando nem tinha ainda nascido. A daquele tempo, segundo o povo conta, foi pior, porque morreram muito mais bichos e ficava todo mundo quase sem nada. Além disso, naquela época não tinha água da Embasa [Empresa Baiana de Águas e Saneamento] e hoje já tem”.

Seu Antônio mora no distrito de Maria Quitéria, em Feira de Santana (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
O último período de estiagem “brava” de que o agricultor aposentado ouviu falar coincide com a época em que Graciliano Ramos publicava “Vidas secas” (1938), narrativa que se passa no sertão nordestino, marcado pelas chuvas escassas e irregulares, e conta a história do vaqueiro Fabiano, que, de tempos em tempos, era obrigado a se mudar com a família e a cadela Baleia de regiões castigadas pela seca em busca de sobrevivência.
A Feira de Santana de seu Antônio, apesar do apelido de “Princesa do Sertão” dado pelo também escritor Ruy Barbosa por ser a cidade mais importante do interior do estado, fica localizada no agreste baiano, mas a “miséria” e a “desumanização” de que fala Graciliano para descrever os impactos da estiagem no sertão nordestino à época podem muito bem ser aplicadas à realidade atual de moradores do município.
O Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema) atesta que, desde que passou a reunir maior volume de dados meteorológicos, a partir de 1960, não houve estiagem como a vivida hoje. Mas a última seca tão prolongada e perversa como a atual, segundo dados oficiais, ocorreu mesmo antes do nascimento de seu Antônio, só que na década de 40. O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, crava que o quadro atual, não só na Bahia como em todo o Nordeste, é o pior em 73 anos – o último período crítico, segundo o órgão, durou três anos, entre 1941 e 1944.
Seu Antônio alimenta com mandacaru os animais em Feira de Santana (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
Seu Antônio alimenta com mandacaru os animais em Feira de Santana (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
Como reflexo da estiagem, conforme a Superintendência de Proteção e Defesa Civil (Sudec), a Bahia está atualmente com 218 dos seus 417 municípios com situação de emergência decretada – 21 deles com racionamento de água. A situação crítica aflinge pequenas e grandes cidades, como Feira de Santana, Vitória da Conquista, na região sudoeste, e Juazeiro, na região norte.
Ao contrário dos personagens de “Vidas secas”, no entanto, seu Antônio não cogita sair do pedaço de chão em meio ao semiárido onde nasceu e foi criado. Tem esperanças de que, a qualquer momento, uma “chuva boa” caia e mude a realidade. “A última chuva foi em outubro, mas foi pouca coisa. Chuva para trazer água aqui tem que ser de trovoada. Estamos esperando, mas até agora não chegou ainda. Mas daqui para essa semana ela vem. Pelas nuvens você conhece. Tem que vim porque Deus quer que venha. Se não vier, a gente tem que viver de qualquer jeito”, diz.
Um bezerro de seu Antônio morreu (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
Um bezerro de seu Antônio morreu (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
No quintal de seu Antônio, somente um cajueiro e alguns mandacarus, plantas mais resistentes à estiagem prolongada, conseguem se manter vivos. Um pé de pinha também ainda resiste com poucas folhas verdes, mas já murchas, e frutos apodrecidos que não servem sequer aos pássaros. “Eu plantava feijão, milho, mandioca, mas parei tem um bocado de tempo. Tá difícil”, afirma.
“Aqui, tenho aquela vaca ali, que é cismada, o bezerro e cinco cabeças de ovelhas. E tem essas galinhas também, mas são de um irmão. Um bezerro que era meu morreu na semana passada. Estava doente. Cerrou a boca e não estava querendo comer nada. Para os que restaram, a gente dá farelo de milho, cevada, mandacaru, pindoba. Tem que comprar ração, mas é caro. Se fosse achado de graça seria bom. Para beber, dou água da Embasa [empresa estadual de abastecimento de água], a mesma que bebo. A fonte que tinha [onde os bichos bebiam] secou essa semana”, diz. O idoso também armazena no quintal dezenas de garrafas pet com água para dar aos bichos, caso a encanada pare de chegar. “Tem umas 70 [garrafas]. Nunca se sabe, não é?”.
Zona rural de Feira de Santana, na Bahia, sofre com estiagem prolongada (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
Zona rural de Feira de Santana, na Bahia, sofre com estiagem prolongada (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
O rastro da seca começa a ser percebido logo quando se sai do centro da cidade e se pega uma estrada de terra que leva até o povoado de Barrocas, no distrito de Maria Quitéria, onde moram Antônio e outras cerca de 200 pessoas. Em toda a zona rural de Feira de Santana, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), vivem 64 mil dos cerca de 618 mil habitantes do município. De carro, o trajeto pode ser feito em cerca de 40 minutos. No percurso, é possível observar vegetação e aguadas secas, além de animais mortos.
De longe, também se avista uma poeira branca envolvendo uma carroça, que, diariamente, sobe e desce as ladeiras do povoado. Guiando o cavalo que puxa o veículo está Avelino Barbosa da Silva, de 51 anos. “Carrego palma para dar para as ovelhas, carrego água. Não tenho horário para começar a trabalhar, não. A hora que eu acordo eu estou trabalhando. Acordo umas 3h30 a 4h da madrugada, começo a trabalhar e só paro por volta das 17h”, conta.
Avelino Barbosa da Silva trabalha com uma carroça em Feira de Santana (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
Avelino Barbosa da Silva trabalha com uma carroça em Feira de Santana (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
Vizinho de seu Antônio, Avelino diz que faz inúmeras viagens por dia para tentar ganhar dinheiro, manter os animais vivos e ter o que comer. “Eu pego coisas para os animais comerem. Levo para a minha roça e também faço o trabalho para os outros. Eu vivo disso aqui, do trabalho que eu faço. Mas a seca afeta o dia-a-dia como um todo, principalmente os bichinhos que ficam sofrendo no sol quente e na seca. O que ameniza um pouco é a água da Embasa, que aqui cai cinco dias e passa 15 dias ou um mês sem cair. Da idade que eu estou, eu nunca vi uma seca como a desse ano aqui. Essa foi das piores que teve. Só Deus agora para ajudar”, diz, antes de seguir viagem, apressado, debaixo do sol escaldante.
A Embasa informou que estão sendo testadas intervenções para regularizar e ampliar o abastecimento de água fornecida à localidade. Segundo a empresa, uma das medidas a serem adotadas será a duplicação de 16 km de adutora para parte da zona rural da cidade (distritos de Tiquaruçu, Matinha e Maria Quitéria) e para os municípios de Santa Bárbara, Tanquinho e Santanópolis, que, assim, como Feira de Santana, estão com situação de emergência decretada pela estiagem. A obra, conforme a Embasa, está prestes a ser licitada, com investimento de R$ 4,7 milhões.

Ademário dá farelo de milho e água em um tonel a seu cavalo "Chocolate" (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
Ademário dá farelo de milho e água em um tonel a seu cavalo ‘Chocolate’. (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
Poucos passos à frente, seguindo o trajeto pela zona rural de Feira, o também agricultor Ademário de Jesus, 48 anos, dá farelo de milho e água em um tonel a seu cavalo, “Chocolate”, na beira de estrada. A alimentação é para que o animal aguente mais um dia. Viaja puxando uma carroça por cerca 1,5 km por dia com o dono em busca de trabalho e água em tanques que ainda resistem à seca.
“Ontem, estava limpando tanque, mas hoje a gente não foi porque trabalho tá difícil. Com uma seca dessa aí, quem tem condição de pagar a gente? Eles [os fazendeiros] dizem que não têm dinheiro. O negócio parou e a gente não acha nada, nem na roça e nem na cidade”, afirma, enquanto mostra, entristecido, áreas que seriam de plantio completamente secas.
A maioria dos moradores ali pratica a agricultura de subsistência, que tem como principal objetivo a produção de alimentos para suprir as necessidades das próprias famílias rurais – quando o tempo é bom, muitos ainda ganham dinheiro vendendo a produção para o mercado interno. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Feira de Santana, José Ferreira Sales, o município possui mais de 20 mil agricultores, que têm na chuva a única esperança por dias melhores. Quando ela não vem, não só a sede como a fome bate à porta.
Zona rural de Feira de Santana sofre com estiagem prolongada (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
Zona rural de Feira de Santana sofre com estiagem prolongada (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
Nesse ano, não adiantaram sequer os pedidos de chuva dos moradores feitos à São José, santo padroeiro da região que na crença cristã foi o esposo da Virgem Maria e o pai adotivo de Jesus. A tradição de plantar durante o mês de março, em que se comemora o dia do santo, para colher no São João, em junho, é centenária. Por isso, anualmente, os agricultores preparam a terra, compram sementes e aguardam ansiosos a chuva cair desde o final de cada ano.
Com os planos frustrados, um clima de tensão toma conta dos agricultores. De acordo com a Estação Climatológica da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), choveu muito pouco nos dois últimos meses no município: somente 5 milímetros, enquanto eram esperados 50 milímetros. E também não há previsão de chuva forte durante o outono. Desde 2011, a prefeitura publica, seguidamente, decretos de situação de emergência. O último, em vigor atualmente, foi em agosto de 2016.
A gente já percebe as pessoas sofrendo com a falta de água e passando dificuldade de alimentação. Hoje, não dá nem para identificar qual a área mais afetada. Todos os distritos sofrem por igual”
José Ferreira Sales, presidente do Sindicato dos Tabalhadores Rurais
O Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) diz que a redução das chuvas já vem sendo observada desde 2010 na Bahia, mas foi a partir de 2012 que a situação se agravou.
Desde o ano passado, apenas em janeiro de 2016 foram observados volumes de chuvas acima da média. A partir de então, o predomínio foi de precipitações abaixo do esperado em todas as regiões.
No período entre fevereiro de 2016 e janeiro de 2017, as chuvas no Recôncavo baiano ficaram entre 40% e 60% abaixo da média. Já no semiárido, como em algumas localidades do médio São Francisco, o déficit chegou aos 80%.
“A seca afeta muito a vida. Esse ano, até plantei milho, feijão, batata, aipim. Tudo morreu. Com o sol desse jeito, eu estou vendo que só Deus mesmo para mandar um milagre para que a gente possa plantar. Não podemos fazer nada, só esperar”, diz Ademário.
A água ‘verde’
Não muito longe dali, no povoado de Santa Bárbara, distrito de Bonfim de Feira, vive a lavradora Bernadete Nascimento Nery, 46 anos. Solteira, ela mora numa casa simples com os cinco filhos, de 5, 10, 14, 17 e 20 anos. Durante cerca de seis meses, enquanto o reservatório de água de mais de 10 mil litros que tem no terreiro de casa esteve seco, a família foi obrigada a consumir uma água suja, de cor esverdeada, de um tanque localizado a cerca de 300 metros da residência.

Três dias antes de a equipe do G1 visitar a localidade, um carro-pipa tinha passado por lá, depois de cerca de quatro meses sem aparecer, segundo moradores, e abastecido a cisterna de Bernadete, que nunca teve rede de água encanada. Foi, então, que ela suspendeu o consumo da água verde. No entanto, teima em deixar na geladeira uma jarra da água barrenta do tanque por medo de o carro-pipa não voltar.
Bernadete passou seis meses tomando água verde antes de chegada do carro-pipa (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
Bernadete passou seis meses tomando água verde antes de chegada do carro-pipa (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
“Eu passei seis meses tomando essa água. Tem gosto de pé de animal. A gente ia lá [no tanque], pegava, coava num pano de prato, fervia no fogão de gás para matar os micróbios e colocava na geladeira. Dava para beber. Não tinha outro jeito. A gente ia viver como? Com sede era que a gente não podia ficar, não é? E também dava para cozinhar, lavar, dar banho nas crianças. Por não ser uma água tratada, medo eu tinha de beber. Sempre a gente tem diarreia e descobri um pequeno caroço no fígado, um nódulo, mas não sei se foi por causa da água. Agora, graças a Deus, esse carro-pipa passou e amenizou a situação da gente depois de tanto a gente pedir para a prefeitura”, destacou. Feliz, ela mostra a diferença da coloração da água suja do tanque que bebia e da “boa” que tinha acabado de chegar.
A presidente da associação comunitária de Santa Bárbara, Geisa da Conceição dos Santos, diz que praticamente todos os moradores da região vivem situação parecida com a de Bernadete. “Quando a seca vem desse jeito, fica péssimo. Muitos que viviam da agricultura, trabalhando nas fazendas, da destoca, da fazeção de cerca, hoje não tem esse tipo de trabalho porque os fazendeiros também não têm como fazer esse tipo de serviço. Sobre o abastecimento, como não chega água em todas as torneiras, fizemos o pedido de alguns carros-pipa para as famílias e já começamos a ser atendidos. Eu espero que continue assim, que não pare somente por aqui”, destaca.
Bernadete tinha que andar 300 metros com balde na cabeça para levar água para casa (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
Bernadete tinha que andar 300 metros com balde na cabeça para levar água para casa (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
A prefeitura de Feira de Santana informou que montou uma força-tarefa para abastecer com água potável áreas da zona rural não cobertas pela rede de abastecimento regular. A administração municipal disse que mantém, com a Defesa Civil, 12 caminhões-pipa em operação e que conta com o apoio do Exército. Diariamente, segundo a prefeitura, os veículos levam entre 30 mil litros a 40 mil litros de água aos moradores. No povoado de Bonfim de Feira, a prefeitura informou que a oferta é ainda maior e que, desde meados de março, os moradores passaram a receber 72 mil litros por dia. A administração municipal disse que a comunidade recebe, diariamente, dois caminhões abastecidos com 18 mil litros de água e que cada um faz duas viagens por dia.
“Essa comunidade possui água encanada em quase toda sua extensão. Mas por algum problema na empresa prestadora de serviço, o abastecimento foi interrompido. Por conta disso saímos de nossa rotina de abastecimento em outros distritos e vamos reforçar nessa região. Temos também o apoio da Defesa Civil nessa situação”, afirmou o secretário de Agricultura, Joedilson Machado, por meio de nota. Ele disse, ainda, que o abastecimento obedece a ordem de pedidos que chegarem à secretaria.
Bernadete mostra diferença entre coloração de água barrenta e água 'boa (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
Bernadete mostra diferença entre coloração de água barrenta e de água ‘boa’ trazida por carro-pipa. (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
A Embasa informou que a distribuição de água para o distrito de Bonfim de Feira acontece, atualmente, de forma alternada com outras localidades da região. A empresa ainda destacou que inaugurou, no dia 17 de março, a obra de ampliação do sistema integrado de Santo Estevão, que abastece Bonfim de Feira e outras localidades de Feira e municípios vizinhos, e espera que o fornecimento passe a ocorrer com maior regularidade.
Com relação à situação de Bernadete e de outros moradores que vivem sem água encanada, a Embasa disse que o serviço de abastecimento que presta é voltado principalmente para centros urbanos que apresentem viabilidade técnica para atendimento com rede distribuidora e que, em localidades rurais com menor viabilidade, o abastecimento fica sob a responsabilidade da prefeitura municipal, por meio de carros-pipa.
Zona rural de Feira de Santana, na Bahia, sofre com estiagem prolongada (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
Zona rural de Feira de Santana, na Bahia, sofre com estiagem prolongada (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
Como também não conseguiu manter a rotina de anos anteriores e plantar feijão, mandioca, aipim e batata no quintal de casa, Bernadete faz questão de abrir a porta da geladeira para mostrar que “está sem nada”. Mantém em refrigeração, além da água de beber, somente dois ovos, algumas beterrabas, uma lata de óleo, um tomate, metade de um frango que comprou fiado em um supermercado. No dia da visita do G1, o almoço tinha sido arroz com frango.
Por mês, diz ter como única renda R$ 163 do Bolsa Família, programa do governo federal voltado para famílias em situação de pobreza. Nenhum dos filhos trabalha.

Bernadete conta que, como muitos vizinhos, desistiu de criar animais. No quintal, só é possível contar umas poucas galinhas e dois cães de estimação.
“Tinha um porco, mas não estou criando mais. Vendi. Meus vizinhos que criam gado estão dando mandacaru. Ração eles não têm dinheiro para comprar. Vão morrer tudo os bichos. As galinhas não botam mais porque não tem milho para comer. Aonde vai achar? A gente não tem dinheiro para comprar. A água que elas [as galinhas] bebem sou eu que dou dessa que chegou do carro-pipa. Divido minha água com elas. Vou deixar elas morrerem de sede? Não pode”.
A filha mais velha, de 20 anos, está prestes a concluir o ensino médio, e Bernadete, que estudou apenas até a sexta série, espera que ela consiga logo um emprego na cidade grande para ajudar nas despesas de casa. Tem esperanças, ainda, que, posteriormente, os demais filhos tomem o mesmo rumo.
Animais não encontram comida em pastos secos (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
Animais não encontram comida em pastos secos (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
A prefeitura de Feira de Santana disse que o decreto de emergência publicado pelo município foi homologado pelo governo do estado no dia 15 de março e que aguarda que a União também faça o reconhecimento. Com isso, segundo a administração municipal, será possível ampliar o acesso ao benefício Garantia Safra, uma espécie de seguro, no valor de R$ 850, voltado a agricultores sujeitos a perda de safra por estiagem ou excesso hídrico.
Os pagamentos do benefício referentes a 2016 aos agricultores inscritos no programa deverão ser efetivados até abril, segundo a prefeitura. A administração também informou que, com o reconhecimento da situação de emergência, será possível realizar compra de milho a preços menores dos estoques do governo federal, realizar empréstimos rurais, além de viabilizar frentes de trabalho e entrega de cestas básicas.
Animais não resistem à seca e morrem na zona rural de Feira de Santana (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
Animais não resistem à seca e morrem na zona rural de Feira de Santana (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
Esperança
O casal de lavradores Maria Silvana Barbosa da Silva e Nestor da Conceição da Silva, ambos com 57 e pais de 11 filhos, a maioria deles agricultores, também espera um “milagre” cair do céu para que as plantações vinguem na terra como em datas passadas. Costumam plantar feijão, milho, abóbora, batata e aipim, para consumo próprio, e também fumo para vender na roça e na cidade grande.

“A gente nunca plantou para não ter nada e esse ano não teve nada. Chuva já no ano passado não teve. Nós plantamos 40 litros de feijão e o que pegou foram os mesmos 40 litros que plantou, sem nenhum litro a mais. E milho não teve nada”, lamenta Maria, que é aposentada.
Casal de lavradores Maria Silvana Barbosa da Silva e Nestor da Conceição da Silva (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
Casal de lavradores Maria Silvana Barbosa da Silva e Nestor da Conceição da Silva (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
Enquanto ouve os lamentos da esposa, o marido mantém-se otimista do lado. “O sol não deixou ter nada e, agora, estamos comprando o que comer: feijão, farinha, arroz. Mas ela [a chuva] ainda vai vim, não é? A gente espera que ela venha, porque não pode ficar sem chover. Com chuva, já temos um adianto porque já rende mais a comida na mesa. Não é possível que ela não caia. Os pastos estão todos puros, só está a terra e os pedacinhos de mato. Sem a chuva, a gente não presta para nada. Tenho certeza que vai cair a qualquer momento”, diz, enquanto ergue a cabeça e aponta os olhos para as poucas nuvens no céu.
Para o céu, ansioso, também olha o agricultor Antônio Nascimento, 60 anos. Sempre alegre, ele é a prova viva de que, se por um lado a seca tem o poder devastar a natureza, por outro não é capaz de destruir a esperança e tirar o sorriso do rosto de muita gente. Debaixo de um grande chapéu de palha, que ameniza um pouco os efeitos do sol, lembra com saudade de dez anos atrás, época dos “tempos bons”, em que “tudo vingaVa”, quando chegou a colher um aipim de quase dois metros de cumprimento. “Foi a sensação da região”, brinca.
Agricultor Antônio Nascimento, de 60 anos (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
Agricultor Antônio Nascimento, de 60 anos (Foto: Alan Tiago Alves/G1)
“Tinha muita fruta naquele tempo. Já deu aipim, bastante pinha, goiaba. A época estava boa, estava chovendo bastante. Tinha alimento para dentro de casa e também para os bichos, para as galinhas, porcos. Foi quando colhi esse aipim. Tinha um metro e oitenta. Os vizinhos nem acreditavam. Veio até o pessoal da reportagem aqui filmar para colocar na televisão. Botei [o aipim] de molho para fazer puba, porque era grande demais. Não dava para comer, não. Eu cortei, coloquei de molho, fiz a puba e dei para os vizinhos”, recorda.
Nascimento observa os pés de laranja ainda vivos no quintal, mas que já não mais dão frutos, e não esconde a preocupação. O homem do campo, no entanto, tem certeza que os tempos áureos retornarão a qualquer momento”no lombo” da tão esperada chuva de trovoada. “Qualquer chuva que dá, eu estou plantando, pra comer em casa mesmo. Mas aí vem o sol e acaba com tudo. A seca afeta muitas coisas: a comidinha, as frutas. Tudo acaba. Vivo da ajuda do pessoal, da minha família. Agora mesmo não tenho nada. Mas apesar da situação, eu não choro, não. Se chorar, é pior. Dou risada e as pessoas falam que tenho natureza boa. Dizem que parece que mamo em onça e tiro leite em veado correndo. Digo que não sei viver triste, não. Tem que sorrir. Quanto mais a gente sorrir, mais Deus nos dá alegria”, ensina.

FONTE: http://oumarizalense.com.br

Jovem ganha festa de aniversário com o tema Lula e recebe ligação de ex-presidente...



Com bexigas, copinhos e toalha vermelhas e imagens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por toda a parte, a estudante Thaynara Floriano comemorou os seus 21 anos em uma festa de aniversário-surpresa cujo tema era Lula. Fotos do ex-presidente em diferentes poses — com chapéu de cangaceiro, abraçando uma estrela do PT e fazendo coraçãozinho com as mãos — foram coladas em um painel na frente do bolo. Thaynara completou a cena colocando uma máscara de Lula. Uma amiga fez o clique e a imagem viralizou nas redes sociais, principalmente depois de ser compartilhada pela assessoria de Lula no Facebook e pelo grupo “Loucas pelo Lula”, formado pelas autointituladas “luletes”.
Nesta segunda-feira, sensibilizado pela homenagem, o ex-presidente ligou para dar os parabéns à jovem, conforme divulgou a sua equipe. Até as 20h30, a postagem tinha mais de 23.000 curtidas, mais de 3.000 compartilhamentos e 3.000 comentários. Thaynara, que se descreve no Facebook como “negra militante de esquerda” e estuda ciência da natureza na Universidade de São Paulo (USP), postou a foto na capa do seu perfil em 27 de março. Um amigo comentou fazendo um prognóstico do que se confirmaria dias depois —”Rumo à fama”.
Ex-presidente ligou nesta segunda-feira para a estudante para dar os parabéns. Foto foi compartilhada no Facebook do petista
FONTE: http://oumarizalense.com.br/

MEU DEUS QUE MUNDO É ESSE!!! Mulheres vendem o corpo por R$ 5 em mangues do Recife...


Os repórteres do Câmara Record acompanharam, durante 15 dias, a rotina das mulheres que se prostituem em mangues da capital pernambucana e mostram as condições subumanas em eu vivem. De todas as idades, algumas até gestantes, elas chegam a vender o corpo por R$ 5,00 para consumir crack. Não perca, nesta quinta (6), logo após o Jornal da Record.

FONTE: http://oumarizalense.com.br

ATENÇÃO!!! Jair Bolsonaro Detona Jornalista durante entrevista, em Teresina...

Sinceramente, fico preocupado com o surgimento de um protótipo de Hitler na política brasileira, com simpatizantes e seguidores em boa parte do país. Sonham em ter Jair Bolsonaro como presidente do Brasil. São os que acham que a truculência, arrogância e prepotência do parlamentar vão resolver os problemas do país, principalmente na área da segurança pública.

O deputado defende a “justiça com as próprias mãos”, o “olho por olho, dente por dente”. Um estado de barbárie. E quem seriam as maiores vítimas? Com certeza, bandidos pobres, das periferias do país. Os bandidos de colarinho branco, maiores responsáveis pela miséria e pobreza da maioria da população, continuariam na impunidade.

Infelizmente, uma boa fatia do eleitorado acredita no que diz a ‘bíblia’ de Bolsonaro, que já iniciou suas pregações da barbárie pelo país.

Em Teresina, a jornalista Cinthia Lages, do Grupo Meio Norte de Comunicação, foi hostilizada por simpatizantes de Bolsonaro. Segundo relatos da própria jornalista, ela ouviu os impropérios e agressões quando tentava entrevistar a “celebridade” no alto de uma caminhonete utilizada como palanque.

"Comunista", "stalinista", "assassina", "petista", "jornalista mortadela", "vadia" ,"puta", "joga ela pra gente que sabemos o que fazer", "vai embora pra Cuba, rapariga!", teriam sido os termos dirigidos à jornalista.

Confira o relato feito por Cinthia Lages em sua página no facebook.
  
Por que não há lágrimas?
Hoje cedo, antes de entrar no carro de reportagem, postei essa foto no instagram. Eu falava da beleza do colar feito com tanto esmero e delicadeza. A "mão de Fátima",como é conhecido o símbolo, é um amuleto islâmico, com interpretações diversas - do Alcorão ao budismo mas com um significado comum: a proteção e o destemor.

Mal sabia eu, o quanto esse talismã iria proteger a minha alma neste dia estranho! Estranho por me ver protagonista de um episódio surreal. Estranho pela minha própria reação diante da barbárie que é ser submetida a uma sessão de xingamentos, agressões, insultos, insanidade!

"Comunista", "stalinista", "Assassina ( oi?) ", "Petista","Jornalista Mortadela", "Vadia" ,"Puta", "Joga ela pra gente que sabemos o que fazer", "Vai embora pra Cuba, rapariga!".

Era a trilha sonora da entrevista que aconteceu assim:

Eu para Bolsonaro: o senhor está com uma agenda de viagens pelo Brasil, qual a receptividade? Aqui no Piauí, fala-se numa chapa com o senador Mão Santa, o senhor confirma? O que o senhor pensa das atuais reformas do Brasil?

Eu não ouvi as respostas - e nem poderia - já que a claque não parava de berrar!

Isso tudo aconteceu em cima da camioneta onde o parlamentar estava. Quem quisesse entrevistá-lo, teria que subir lá! Expliquei que não teria condições técnicas de gravar em cima do veículo e que havia outros jornalistas embaixo, aguardando pela entrevista. Houve muita insistência e, sem alternativa, fui cumprir a minha pauta!

Naquela hora, a gente não se dá conta do que acontecia embaixo! Lembro de ter visto o olhar assustado do Anderson, o cameraman que me acompanhava mas seguimos tranquilamente até o final, quando a situação só piorava....à essa altura, nem o candidato conseguia mais falar!

Medo? Sinceramente, tenho mais pelas pessoas que estavam se prestando àquilo. Não era ódio, era irracionalidade mesmo !

Raiva? Não conseguí sentir. Tristeza? Muita! Por ver uma cena daquelas na cidade onde eu nascí e para a qual trabalho há tantos anos. Vergonha, impotência, incredulidade.

Lágrimas? Não! E se houvesse, seria de emoção ao voltar para a Redação e ler tantas mensagens de colegas jornalistas. De tudo, o que mais me comove é perceber que, em cada relato, há a certeza de que há a solidariedade de quem verdadeiramente sabe o que se passou naquela carro. Abraço todas! E tantas outras palavras que chegam a todo instante, desde aquele momento até agora, quando esse dia está acabando....Que sorte a minha de ter vocês! Que sorte viver entre pessoas sensíveis ao que é verdadeiro e justo. E não há verdade e justiça maiores do que o trabalho, a liberdade e o respeito. Amo minha profissão, me dedico a ela, por vezes até mais do que deveria e ela me consome de uma forma que sobra pouco tempo para não ser jornalista!

Por isso não há lágrimas! Pelas jornalistas, pelas mulheres, pelas mães, por todas nós, que enfrentamos nossas batalhas diárias por amor. Seja a uma causa, a um companheiro(a), a alguém da família que precisa de nós.... E por mim também que, enfim, aprendí que nada é maior e nem mais poderosa do que a dignidade. É ela que preserva meu coração longe de toda a insensatez e intolerância. O que eles não sabem é que meus ouvidos e o resto de mim seguem um comando que está fora do alcance deles, longe,muito longe onde mora a paz. E sabe por que não tem lágrimas? apenas porque....

"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.

À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo" (F.Pessoa)
FONTE: http://www.gilbertolima.com.br/

VEJAM!!! Flávio Dino mantém programa similar ao Ciência sem Fronteiras, encerrado pelo governo Temer...

Estudantes, professores e cientistas de ponta, como o neurocientista Miguel Nicolelis, lamentaram o fim do programa Ciência Sem Fronteiras, decretado pelo governo Michel Temer (PMDB) no último domingo (2). Enquanto a gestão Temer caminha na contramão do desenvolvimento democrático da ciência ao encerrar uma iniciativa que beneficiou mais de 70 mil estudantes de graduação, no Maranhão, o governador Flávio Dino (PCdoB), anunciou via redes sociais o embarque de mais 70 alunos oriundos de escolas públicas para intercâmbio no exterior por meio do programa Cidadão do Mundo, que já está em sua 2ª edição.

Nesta edição do Cidadão do Mundo participarão jovens de 17 municípios maranhenses. Os selecionados irão embarcar no próximo sábado (8) para intercâmbio internacional na Argentina e no Canadá, com todas as despesas pagas pelo governo do Maranhão, onde, segundo o governo, passarão três meses aprendendo o idioma local e fortalecendo vínculos culturais.
Programas de intercâmbio como o Ciência sem Fronteiras beneficiaram essencialmente estudantes mais pobres. Criado durante o governo da então presidente Dilma Rousseff (PT), cerca de 25% dos intercambistas do programa eram de famílias com renda mensal de até três salários mínimos e 90% estudavam em escolas públicas.

O Ciência sem Fronteiras representava ainda um importante passo no sentido de avançar as fronteiras em ciência, tecnologia e informação no Brasil. Países como a Coreia do Sul, China e Índia conseguiram, a partir da promoção de intercâmbios acadêmicos, alavancarem suas economias. Outro bom exemplo é o Programa Erasmus, que há três décadas promove intercâmbio profissional para graduandos entre universidades europeias.
Segundo o governador Flávio Dino, o Cidadão do Mundo é essencial para dar oportunidades e igualdades de chances os estudantes maranhenses, e está entre os programas que tem como objetivo garantir a valorização da atividade educacional no Maranhão.

Para ele, o desenvolvimento da educação é um “consenso retórico”, muitas vezes lembrado apenas durante as campanhas eleitorais e geralmente esquecido pelos governantes eleitos.

Flávio Dino acredita que educação é um investimento de longo prazo e que rompe com a política de modo tradicional. “Você não inaugura as pessoas. E às vezes os Governos são medidos por isso [inaugurações]. Nós estamos construindo muitas obras físicas, escolas, hospitais, estradas, mas nós temos muito mais orgulho nas obras que mudam as pessoas”, pontuou o governador durante a cerimônia de pré-embarque dos alunos.
FONTE: http://www.gilbertolima.com.br/

VEJAM!!! Estuprador que engravidou enteada em Timon é preso em Barra do Corda...

A polícia prendeu na cidade de Barra do Corda (MA) o homem identificado como  Willamy da Conceição Costa Barbosa, de 34 anos.

Ele estava sendo procurado pela policia da cidade de Timon (MA) desde o mês de dezembro de 2016 quando teve a prisão decretada pela justiça, acusado de ter estuprado a própria enteada de 11 anos.

Em função do crime de abuso sexual que sofria por parte do padrasto a menina acabou engravidando.

Willamy foi preso na casa de familiares onde estava escondido. O acusado, que possui várias passagens pela policia, deve ser transferido dentro das próximas horas para a cidade de Timon. 

O estuprador seria alcoólatra e usuário de drogas. A menina reside no Residencial Novo Tempo, nas proximidades do Polo Empresarial de Timon.

A filha mais velha já havia comunicado há algum tempo que a irmã vinha sendo assediada pelo padrasto, mas a mãe ficava chateada. Somente no mês de março a mãe tomou conhecimento da gravidez da menina.

Maternidade de Teresina não recomendou aborto

Ao apresentar complicações, a menina foi levada para a Maternidade Evangelina Rosea, em Teresina, no mês de março, onde ficou constatada a gravidez. No entanto, pelo fato de estar no sexto  mês de gestação, a maternidade se recusou a fazer o aborto.

No comunicado, o SAMVVIS informou que a menina não apresenta alterações em sua saúde física e mental e que irá acompanhar a gestação até o parto, que deverá ser humanizado.                      

No comunicado, o Serviço de Atenção às Mulheres Vítimas de Violência Sexual (SAMVVIS) informou que a menina já está em idade gestacional fora do prazo para o aborto legal.

Foi informado também que a menina não apresenta alterações em sua saúde física e mental e que irá acompanhar a gestação até o parto, que deverá ser humanizado.   
FONTE:  http://www.gilbertolima.com.br/

ATENÇÃO!!! PCdoB de Flávio Dino derrota PMDB da família Sarney na eleição da bancada...

Com apoio de Juscelino Filho, deputado Rubens Júnior derrotou o candidato da família Sarney e se tornou coordenador da bancada do Maranhão no Congresso.
Parte do grupo que elegeu Rubens Júnior coordenador da bancada…
A família Sarney [dona do PMDB no Maranhão] já pode anotar mais uma derrota na sua caderneta para o PCdoB, do governador Flávio Dino.
Na tarde desta quarta-feira (5), o deputado Rubens Júnior foi eleito coordenador da Bancada Federal do Maranhão, em substituto do deputado Juscelino Filho (DEM).
Com o placar de 11 x 9 votos, o comunista derrotou o deputado federal peemedebista João Marcelo, que contou com o massivo apoio do pai, senador João Alberto.
O agora novo coordenador da bancada maranhense é membro efetivo da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), uma das mais importantes da Casa, e vice-líder do PCdoB na Câmara.
FONTE: https://www.domingoscosta.com.br/

POLÊMICA!!! Em Campestre do MA, mãe é presa após colocar de castigo o filho que roubou celular...

No município de Campestre, localizado no sul do Maranhão, uma mãe foi detida nessa quarta-feira (5) por bater e pôr de castigo o filho de 13 anos, suspeito de ter furtado um celular.
A mãe, Maria de Lourdes, de 66 anos, disse em depoimento que o adolescente teria aparecido em casa com um celular que ele disse ter achado. Ela ficou desconfiada porque o filho não trabalha.
A suspeita se confirmou depois que a vítima foi até a casa onde mãe e filho moram e afirmou que o celular era dela e que havia sido furtado.
Revoltada com ação do filho, mãe bateu com um cinto e o obrigou a se ajoelhar em grãos de milho por uma hora.
Para a polícia, a mãe relatou que essa não era a primeira ocorrência de furtos envolvendo o adolescente.
O Conselho Tutelar solicitou a prisão dela, que foi indiciada por agressão.
FONTE: https://www.domingoscosta.com.br/

VEJAM!!! Conheça a função do Centro Integrado de Justiça Juvenil, inaugurado por Flávio Dino...

A instalação do CIJJUV é, acima de tudo, um ato de esperança e fé, no sentido de que “todas as pessoas têm o direito de realizar os seus sonhos, e não existe nenhum obstáculo instransponível”, pregou o governador durante o ato.
O CIJJUV promove atendimento inicial ao adolescente, a quem se atribua a autoria do ato infracional, com serviço de vários órgãos. Foto: Gilson Teixeira/Secap
O CIJJUV promove atendimento inicial ao adolescente, a quem se atribua a autoria do ato infracional, com serviço de vários órgãos. Foto: Gilson Teixeira/Secap
Adolescentes em conflito com a lei agora terão um espaço digno e integrado para receber atendimento. O governador Flávio Dino inaugurou o Centro Integrado de Justiça Juvenil (CIJJUV) na tarde desta quarta-feira (5). Localizado na Avenida Cajazeiras, o espaço vai agregar o sistema operacional da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac), da Secretaria de Estado da Segurança Pública e do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, que no âmbito estadual, integram o Sistema de Justiça.
A implantação do Centro foi uma das metas assumidas pelo Governo do Estado para agilizar e qualificar o atendimento a esse público, conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (art. 88), com o princípio de ter órgãos estratégicos de proteção e responsabilização de adolescentes em conflito com a lei em um mesmo espaço físico, facilitando, assim, a articulação.
Função…
A inauguração do Centro Integrado de Justiça Juvenil representa o compromisso do Governo do Estado e da Funac em dar cumprimento a uma importante diretriz do Estatuto da Criança e do Adolescente. Além disso é a realização de uma luta histórica da sociedade civil pelo cumprimento da proteção integral do Adolescente, a quem se atribui a autoria do ato infracional.
O CIJJUV, que já se encontra em funcionamento, abriga os órgãos do Núcleo de Atendimento Inicial (NAI) da Funac; a Delegacia do Adolescente Infrator (DAI) da Secretaria de Segurança Pública do Estado; as Promotorias Especializadas da Infância e Juventude do Ministério Público; o Núcleo da Justiça Restaurativa e a 2ª Vara da Infância e Juventude do Poder Judiciário; e o Núcleo de Defesa da Criança e do Adolescente da Defensoria Pública do Estado.
FONTE: https://www.domingoscosta.com.br/

ATENÇÃO!!! STF bate o martelo e proíbe direito de greve a todos os policiais

Alexandre de Moraes: “É o braço armado do Estado. E o Estado não faz greve. O Estado em greve é um Estado anárquico".
Alexandre de Moraes: “É o braço armado do Estado. E o Estado não faz greve. O Estado em greve é um Estado anárquico”.
Por sete votos a três, o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que é inconstitucional o direito de greve para carreiras policiais. O novo entendimento vale para integrantes da Polícia Federal, da Polícia Civil, da Polícia Rodoviária e do Corpo de Bombeiros. A greve já é proibida para policiais militares. O caso concreto discutia uma ação proposta pelo estado de Goiás contra o sindicato dos policiais civis. Mas a corte entendeu que cabia aplicar a repercussão geral no tema, determinando que a decisão fosse estendida a todo o Brasil.
Para a o STF, todos esses profissionais são essenciais para garantir a ordem e a segurança no país. No julgamento, prevaleceu o entendimento do ministro novato Alexandre de Moraes, recém-indicado pelo presidente Michel Temer. “Dou provimento ao recurso (do estado de Goiás) para aplicar a impossibilidade de que servidores das carreiras policiais, todas, exerçam o direito de greve”, defendeu o ministro.
“Não é possível que braço armado do Estado queira fazer greve. Ninguém obriga alguém a entrar no serviço público. Ninguém obriga a ficar. É o braço armado do Estado. E o Estado não faz greve. O Estado em greve é um Estado anárquico. A Constituição não permite”, argumentou Moraes, ex-ministro da Justiça e ex-secretário estadual de Segurança Pública em São Paulo.
O voto de Moraes contrariou a posição do relator da ação, Edson Fachin, que era favorável a restringir, mas não eliminar o direito de greve dos policiais. Além de Fachin, também defendiam a restrição os ministros Marco Aurélio e Rosa Weber.
A presidente do STF, Cármen Lúcia, e os ministros Gilmar Mendes, Roberto Barroso, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Luiz Fux acompanharam o voto de Alexandre de Moraes. O ministro mais antigo da corte, Celso de Mello, não estava presente à sessão.